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segunda-feira, 21 de abril de 2014

Estudo comprova: empresas com mais mulheres se dão melhor

Olhar Digital
09/04/2014

Um levantamento com dados de vários estudos sobre a participação da mulher no ambiente corporativo trouxe à tona uma série de informações que revelam por que o "sexo frágil", na verdade, de frágil não tem nada.

Encabeçado pelo Instituto Anita Borg para Mulheres e Tecnologia, o levantamento intitulado "The Case for Investing in Women" fez uma varredura entre pesquisas acadêmicas de gênero, destacando o diferencial da mulher.

Entre outras coisas, o estudo revela a descoberta de um economista de Carnegie Mellon de que times com ao menos uma mulher possuem QI coletivo superior àqueles formados apenas por homens.

Quando companhias da Fortune 500 possuem o mínimo de três diretoras, vários fatores-chave são elevados: o retorno de capital investido salta para mais de 66%, o de vendas sobe 42%, o sobre patrimônio líquido é aumentado em 53%.

Companhias com equipes diversificadas têm rotatividade 22% mais baixa e, se há uma cultura mais inclusiva, que se atente para as mulheres, é mais fácil contratar gente diversificada. Em 2012, um estudo sobre a participação da mulher em patentes de tecnologia descobriu que os registros feitos por equipes formadas pelos dois gêneros são citados entre 30% e 40% mais vezes que as patentes semelhantes feitas por times só de homens.

Além disso, uma pesquisa feita em 17 países em diferentes indústrias revelou que ter um número maior de mulheres entre os líderes inspira segurança psicológica, confiança, experimentação de grupo e eficiência.

Estudo completo: http://anitaborg.org/wp-content/uploads/2014/03/The-Case-for-Investing-in-Women-314.pdf


Disponível em http://olhardigital.uol.com.br/pro/noticia/41327/41327. Acesso em 17 abr 2014.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

‘A privacidade na web é uma ilusão’

Ligia Aguilhar
3 de novembro de 2013

Diretor do Centro Internacional de Estudos Estratégicos (CSIS, na sigla em inglês), James Lewis já liderou a produção de uma série de relatórios sobre segurança na internet para o presidente americano Barack Obama. Considerado um dos maiores especialistas em cibersegurança do mundo, é autor de mais de 90 publicações sobre assuntos relacionados ao tema.

Em entrevista exclusiva ao Link no mês passado, durante a Conferência de Cibersegurança em Seul, na Coreia do Sul, Lewis falou sobre o escândalo da espionagem norte-americana, afirmou que todos os países possuem algum tipo de vigilância, que o Brasil não é defensor da democracia e que a privacidade na internet é uma ilusão. Confira os principais trechos:

O Brasil defende um modelo descentralizado de regulação da internet. É a melhor opção?
Quando o modelo de regulação atual foi decidido, a maioria dos usuários da internet eram americanos. Hoje não é mais assim. As instituições criadas na época precisam se tornar globais. Esperamos que o Brasil se coloque ao lado da liberdade de expressão e defenda a internet aberta.

Muitos dizem que todos os países já sabiam sobre a espionagem. Se isso é verdade, por que continuamos tão vulneráveis?
Os especialistas sabiam, mas o grande público não. E ele não entende quão vulnerável está na web. A internet é totalmente insegura. Enviar um e-mail é como mandar um cartão postal, as informações estão abertas. A privacidade é uma ilusão. E o (Edward) Snowden acabou com essa ilusão.

Essa espionagem é uma forma de ciberguerra?
Não. A espionagem é comum. Sempre falei com outros países sobre esse assunto e não encontrei nenhum que não estivesse engajado em algum tipo de espionagem. Tenho quase certeza que o que o Brasil faz tem foco doméstico. Não me surpreenderia descobrir que países da América do Sul espionam uns aos outros. Alguns documentos do Snowden mostram a inteligência de outros países. Eles vão aparecer e reformular o debate.

O Brasil tomou medidas contra a espionagem como criar um serviço de e-mails nacional e comprar um satélite. Funciona?
Isso tudo é “fofo”. Temos uma cadeia de suprimentos global, não fazemos mais as próprias tecnologias e isso cria riscos. É um dilema. Mas não significa que é viável economicamente fazer as próprias empresas. Rússia, EUA, Reino Unido, Israel e talvez os 20 ou 30 maiores cibercriminosos do mundo são capazes de quebrar qualquer sistema de segurança existente no mundo.

O que Brasil deveria fazer?
Pode fazer as empresas observarem melhor suas engrenagens, criar redes mais seguras e se engajar de forma positiva internacionalmente. A democracia não acontece. Há pessoas que a defendem. Não vejo o Brasil fazer isso.

O que você quer dizer?
Não vejo o Brasil defender a democracia. Não tenhamos ilusões sobre isso. O Brasil não assinou a Convenção de Budapeste e isso é muito questionável. Façam isso, invistam em engrenagens básicas, defendam a internet aberta e 90% do problema vai desaparecer.

Qual a maior preocupação dos EUA em relação ao Brasil?
O Brasil não é uma prioridade para os EUA. Dizem que os americanos fazem espionagem econômica, mas não é verdade. Uma das coisas que os EUA monitoram é corrupção. E nós a encontramos, não necessariamente no Brasil. Mas se há empresas norte-americanas no país, estamos preocupados com isso. O Brasil tem o direito de estar chateado. Do lado americano, digo que precisamos ser mais transparentes, estabelecer princípios de reciprocidade e garantir que as coisas serão feitas de forma responsável. Precisamos pedir desculpas ao Brasil. Mas para os americanos é difícil fazer isso.

Disponível em http://blogs.estadao.com.br/link/a-privacidade-na-web-e-uma-ilusao/. Acesso em 04 nov 2013.