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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Escola violou direito de transgênero usar banheiro das meninas, diz justiça

G1
31/01/2014

O Tribunal de Justiça do estado de Maine, nos Estados Unidos, decidiu que uma escola da cidade de Orono violou os direitos civis de Nicole Maines ao impedir um estudante transgênero de usar o banheiro feminino quando era criança. Nicole, atualmente com 16 anos, nasceu menino, batizado com o nome de Wyatt, mas se reconhece como menina. O caso começou em 2009, Nicole foi ao tribunal em junho do ano passado, e a decisão foi anunciada na noite desta quinta-feira (30).

"Esta é uma decisão importante que marca um grande avanço para os jovens transexuais", disse Jennifer Levi, diretora de uma ONG de advogados que defende os direitos dos transgêneros.

A decisão do tribunal estadual derrubou uma resolução de uma instância inferior que havia decidido que a escola primária agiu corretamente ao determinar que Nicole usasse um banheiro administrativo em vez do banheiro das meninas. Pela primeira vez, uma decisão determinou que o aluno transgênero deve usar o banheiro com o qual mais se identifica.

O tribunal estadual concluiu que a escola violou a Lei de Maine dos Direitos Humanos, de 2005, que proíbe a discriminação com base no sexo ou orientação sexual. A polêmica se arrastou porque uma lei estadual de 1920 também exige banheiros separados para meninos e meninas nas escolas. A advogada do distrito escolar alegava que enquanto a lei sobre os banheiros separados não mudasse, era direito da escola não violá-la.

Na decisão, o tribunal teve que conciliar as duas leis distintas, e o juiz deixou claro que a decisão teve como base uma ampla documentação sobre a identidade de gênero de Nicole. "Ficou claro que o bem-estar psicológico e emocional do estudante depende do seu direito em usar o banheiro correspondente à sua identidade de gênero", escreveu o juiz Warren Silver. "Mas esta decisão não serve para as escolas deixarem os estudantes escolherem qual banheiro prefere usar.

Irmão gêmeo

Nicole tem um irmão gêmeo idêntico, Jonas, mas desde os dois anos de idade se identificava como uma menina. Quando criança, enquanto o irmão colecionava carrinhos e se fantasiava de super-heroi, Nicole preferia se vestir de princesa e brincar de bonecas. Aos quatro anos, perguntou à mãe quando iria se tornar uma menina. Aos 11 anos, Nicole passou por um tratamento médico que inibe a ação dos hormônios da puberdade.

Na escola primária os problemas começaram. Nicole começou a usar o banheiro das meninas. Os funcionários da escola, inicialmente, deixaram. Mas depois que o avô de um menino da quinta série reclamou, Nicole foi proibida. A direção da escola então mandou Nicole usar um banheiro separado.

Depois do anúncio da decisão do juiz, os colegas da atual classe de Nicole, que está no ensino médio, levantaram e bateram palmas. Nicole compareceu ao tribunal em junho do ano passado, quando disse que não desejaria a sua experiência de ninguém. "Espero que os juízes tenham entendido que tudo o que um estudante quer é ir para a escola se divertir e fazer amigos, e não sofrer bullying dos alunos ou da administração do colégio."

O pai de Nicole, Wayne Maines, disse que tudo o que ele queria era para a sua filha para ser tratada como seus colegas de classe . Ele disse que estava emocionado quando soube da decisão. "Isso serve de mensagem para os meus filhos que você pode acreditar no sistema e que pode funcionar", disse.

Melissa Hewey, advogada do distrito escolar, disse que a decisão vai resolver uma questão não só para Orono, mas para escolas de todo o estado . "O tribunal já esclareceu o que tem sido uma questão difícil e é uma vez mais comum nas escolas, e o Departamento Escolar de Orono vai fazer o que precisa para que se cumpra a lei", afirmou.


Disponível em http://g1.globo.com/educacao/noticia/2014/01/escola-violou-direito-de-transgenero-usar-banheiro-das-meninas-diz-justica.html. Acesso em 31 jan 2014.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Irmãos trocam de sexo e ganham concurso de beleza em Cingapura

G1
13/11/2012 11h58

Dois irmãos de Cingapura que participavam de concursos de beleza como travestis fizeram cirurgia de mudança de sexo e voltaram a ganhar concursos após virarem mulheres. Uma delas foi coroada Miss Exotica 2012 na última sexta-feira (9), segundo o site “Asia One”.

Angel Aurora Jalleh-Hosey, de 38 anos, superou outras 12 finalistas para ganhar o concurso para transgêneros realizado em Cingapura. Sua irmã, Jessie Jalleh-Hosey, de 37 anos, a acompanhava da plateia, vestida com um longo preto.

Jessie já tinha ganhado um concurso também, em 2004, quando foi eleita Miss Tiffany Singapore – na época, ela ainda era oficialmente um homem.

Angel começou a se vestir como mulher e a tomar hormônios aos 18 anos. Jessie seguiu o caminho cinco anos depois. Elas passaram oito anos participando de concursos de beleza para travestis, até que em 2005 realizaram a cirurgia de mudança de sexo.

As duas foram operadas no mesmo dia, na Tailândia. O pagamento das cirurgias – cada custou US$ 7.960 – foi feito pelo então namorado de Jessie. A mãe das duas – que tem um terceiro filho, de 26 anos – as acompanhou no dia da cirurgia, tendo aceitado a decisão das filhas anos antes.

“Foi difícil no início, mas tudo está bem agora”, contou Angel sobre sua mãe.

Disponível em <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/11/irmaos-trocam-de-sexo-e-ganham-concurso-de-beleza-em-cingapura.html>. Acesso em 15 nov 2012.