Mostrando postagens com marcador hermafroditismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador hermafroditismo. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Repercussões subjetivas da desordem da diferenciação sexual: quando o sexo é incerto

Liliane Carvalho de Miranda Dias Carneiro
Pós-graduação em Psicanálise, Saúde e Sociedade
Universidade Veiga de Almeida
Rio de Janeiro – RJ - 2010

Resumo: Esta dissertação tem como objetivo elaborar possíveis repercussões subjetivas  as assim chamadas “Desordens da Diferenciação Sexual”. Na introdução, fizemos um breve percurso em alguns mitos que falam de hermafroditismo e transformação do sexo e em questões ligadas ao transexualismo. Para desenvolver nosso tema, partimos da concepção freudiana da sexualidade, abordando como se estabelecem e se diferenciam os complexos de Édipo no menino e na menina. Em seguida, trabalhamos o conceito de identificação, sua relação com a escolha de objeto e com o gênero. Desenvolvemos articulações entre o desejo e a pulsão escópica e trouxemos um caso de agenesia peniana. Concluímos com uma série de perguntas que dizem respeito às relações entre o sexo e a normalidade.






terça-feira, 29 de outubro de 2013

Criança hermafrodita luta pelo direito de decidir sexo

Ederson Ferreira
16 de março de 2013

Aos 13 anos, uma adolescente moradora do bairro Santa Rita nasceu com os dois sexos, já fez sua escolha pelo sexo que quer ficar, mas ainda enfrenta um problema que a vem perseguindo desde seu nascimento: a falta de recursos financeiros para realizar todo o procedimento de consultas e operação. Sentindo a dor da neta, sua avó procura a imprensa na tentativa de sensibilizar mais pessoas para conseguir dinheiro para ajudar a criança a sair desse problema e, assim, dar continuidade à sua vida.

De acordo com a avó da adolescente, Maria Eunice de Souza, quando a neta nasceu nenhum dos médicos comunicou à família que a criança tinha esse problema, eles só tomaram conhecimento quando chegaram em casa. “O pai descobriu que ela tinha os dois órgãos quando foi dar banho nela. Ao tirar a roupinha dela, viu que havia os dois órgãos sexuais. Nesse momento todos nós ficamos sem saber o que fazer. Passados alguns dias, nos mudamos para outro bairro e lá encontramos uma pessoa que trabalhava no posto de saúde e nos deu a orientação de procurar ajuda na Secretária de Saúde para a levarmos para Belo Horizonte para ser analisada pelos médicos”, conta Maria Eunice.

Em 2000, ainda com poucos meses de vida, a família conseguiu consultas para a criança, mas segundo a avó nada foi resolvido. “Conseguimos marcar uma consulta e fomos para BH, porém, na clínica onde fomos nada foi resolvido. O médico só examinou a criança e falou que iria marcar outra consulta, mas não marcou. Nesse período, mudamos novamente para outro bairro, procuramos outro posto de saúde para marcar consultas para ela, conseguimos novamente ir para BH e lá eles nos deram um parecer sobre o caso, explicando que ela teria que passar por uma cirurgia. Voltamos para Valadares e por diversas vezes íamos à Capital consultar, mas não passava disso, ficávamos só consultando e fazendo exames, resolver o problema mesmo, nada.”

Por causa disso, a família perdeu as esperanças. Anos depois, a adolescente fez sua escolha e contou à avó, que ganhou forças para lutar pelo direito de sua neta. “Ela já sabe o que quer, fez sua escolha. Agora quero resolver tudo isso, porém, vou buscar ajuda de outra forma. Busco uma ajuda da população para conseguir recursos para as consultas. Sei que é difícil para as pessoas ajudarem, mas qualquer coisa que puderem fazer, serei grata. O que mais quero é resolver esse problema da minha neta, para que ela viva como qualquer criança normal”, revela Maria Eunice. 


Disponível em http://www.drd.com.br/news.asp?id=50089207933485507971. Acesso em 28 out 2013.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Molusco da Antártida é capaz de mudar de sexo

BBC BRASIL
Atualizado em  11 de setembro, 2012

De acordo com os especialistas, a natureza hermafrodita da espécie Lissarca miliarisaumenta sua eficiência reprodutiva nas águas gélidas do extremo sul do planeta.

O invertebrado foi descoberto em 1845 e teve a sua reprodução estudada em 1970, mas a novidade, publicada no jornal científico Polar Biology, só foi descoberta agora.

Os estudos anteriores focaram na presença de ovos dentro das conchas de fêmeas, que eram "chocadas" pelos seus corpos.

Nesta pesquisa, os cientistas estudaram a reprodução em um nível celular e constataram a presença de pequenos ovos nos machos da espécie.

O novo estudo sugere que a espécie, no seu estágio inicial de desenvolvimento, se reproduz como macho, e passa a ter órgãos reprodutores femininos quando está grande o suficiente para poder chocar uma quantidade grande de ovos.

"Nós também descobrimos que depois que o macho se transforma em fêmea, ele mantém o tecido do aparelho reprodutivo masculino por um longo período", acrescentou o pesquisador.

A Lissarca miliaris é um tipo de bivalve, por estar envolta em duas conchas, e possui várias adaptações para se reproduzir com mais eficiência, como o fato de chocar os seus ovos e a mudança de sexo.

"Hermafroditismo não é necessariamente incomum nos bivalves da Antártica e, com muitas espécies a serem estudadas, pode haver muito mais a ser descoberto", disse Adam Reed, que chefiou o estudo.

O trabalho foi desenvolvido na estação britânica de pesquisa no Polo Sul.

"O estudo mostra o quanto nós ainda não sabemos sobre a forma de vida dos invertebrados da Antártida e o quanto ainda há para ser estudado", conclui o pesquisador.

Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/09/120911_molusco_transexual_as.shtml. Acesso em 23 set 2013.

sábado, 21 de janeiro de 2012

OAB-MS oferece apoio a transexual que quer voltar a ter pênis

Athos GLS
09/01/2012:

A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso do Sul (OAB-MS), através da Comissão de Diversidade Sexual, conversou com Elisabeth dos Santos Rocha com seu advogado, e se colocou a disposição para ingressar no processo se necessário. Elisabeth nasceu numa fazenda na região de Dourados há 42 anos, com uma afecção congênita rara chamada de hermafroditismo, ou seja, com os dois sexos.

Aos quatro anos ela foi operada na Santa Casa em Campo Grande, onde optaram pela retirada do pênis, deixando-a então do sexo feminino. O caso foi divulgado na imprensa da capital pelo veículo de comunicação Diário Digital, como reportagem de capa, onde foi ressaltada a vontade de Elisabeth, de ser operada e ter restituído o órgão genital masculino. Segundo a presidente da Comissão da Diversidade Sexual OAB-MS, Priscila Arraes Reino, essa cirurgia já foi deferida pela Justiça e realizada em vários estados gratuitamente, existindo uma que permite que a cirurgia seja feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Entretanto, em Mato Grosso do Sul este tipo de operação nunca foi realizada. “Para ser feita a cirurgia de mudança de sexo é necessária uma equipe multidisciplinar. Atualmente o Projeto de Lei que tramita na Câmara Federal, sobre o Estatuto da Diversidade Sexual, recomenda que cirurgia em hermafroditas não seja realizada na infância, para que o indivíduo possa ter opção de definir o que será melhor para si na vida adulta”, destacou a presidente do CDSE.

Na próxima semana a OAB-MS através da Comissão de Diversidade Sexual deve se reunir com Elisabeth para oferecer formalmente o suporte necessário, e com a volta do recesso do judiciário a partir de segunda-feira, possa analisar a fase em que se encontra o Processo que ela ingressou na justiça há mais de um ano, solicitando o direito de ser operada pelo SUS.

Disponível em <http://www.athosgls.com.br/noticias_visualiza.php?contcod=32387>. Acesso em 11 jan 2012.